O Comitê de Ética em Pesquisa com Seres Humanos (CEP) da Universidade Federal de Santa Maria (UFSM) autorizou o quebramento do sigilo dos estudos clínicos da vacina de Oxford. Com isso, metade dos voluntários - os 507 que fazer parte do grupo de placebo - vai ser chamada para receber a imunização. A autorização foi confirmada na tarde desta quinta-feira.
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A partir de segunda-feira, alguns participantes já serão chamados. Depois, acontece o agendamento e comunicados para as aplicações.
- Teremos que fazer como nas visitas. Não poderemos trazer todos ao mesmo tempo - explica Alexandre Schwarzbold, coordenador do estudo no Hospital Universitário de Santa Maria (Husm).
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Também nesta quarta, chegaram 120 doses diretamente do Reino Unido. Elas são destinadas para parte do grupo placebo e são a parte das 2 milhões importadas pelo governo federal da Índia, embora a vacina seja a mesma.
Os 507 voluntários já foram categorizados por profissão e data da vacina. A prioridade são os trabalhadores da saúde. Entretanto, para receber a imunização, eles não podem ter sido vacinados com a CoronaVac. Caso a pessoa já tenha sido vacinada pelo município, ela não pode receber o outro imunizante e não conta mais no estudo.
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Depois, é a vez dos idosos. Por último, no começo do próximo mês, serão imunizados o restante do grupo de controle, como jovens e adultos que não são da área da saúde. Para não comprometer o estudo, voluntários do grupo placebo não devem publicizar os dados ou mensagens enviadas pela equipe da pesquisa.
*Colaborou Leonardo Catto